II Festival Lux de Performances
Centro Histórico de São Paulo
Imagens: Helena Marc
Centro Histórico de São Paulo
Imagens: Helena Marc
|
|
O ser é redondo, 2020 - 2023
É uma ação performática na qual a artista Gina Dinucci sentada do centro de um tecido branco redondo de aproximadamente 2m de diâmetro, realiza a construção de esferas de argila de difrentes tamanhos com a colaboração do público.
Das Dasein ist rund, (1) ou “o ser é redondo” é uma frase do filósofo francês Bachelard, que trata a redonza como uma forma que se assemelha ao movimento natural da vida, para ele, numa perpectiva fenomenológica, tudo é redondo porque a vida é redonda... “O ser é redondo’ se tornará para nós um instrumento que nos permitirá reconhecer a primitividade de certas imagens do ser. Mais uma vez, as imagens da plena redondeza nos auxiliam a reunirmo-nos em nós mesmos, a darmo-nos uma primeira constituição, a afirmar intimamente, desde dentro, nosso ser. Pois, vivido do interior, sem exterioridade, o ser não seria senão redondo” A esfera é a mais estável das formas geometricas encontradas na natureza, por suas partículas necessitarem de menos energia para chegar a esse formato. Talvez por isso, a ação de construir esferas com as mãos pode nos remeter a gestos primitivos e infantis. Construir esferas é criar pequenos mundos a partir de um jogo de movimentos, energias, olhares, silêncios e preenchimento de si. Segundo Peter Slojerdijk no livro trilogia das esferas, “as esferas acompanham e possibilitam a existência humana...dos primórdios da hominização à contemporaneidade, tem origem e reflete a condição esférica”. Não é por acaso que em tempos sombrios a redondeza da terra é contestada. 1. Gaston Bachelard. A poética do espaço.
É uma ação performática na qual a artista Gina Dinucci sentada do centro de um tecido branco redondo de aproximadamente 2m de diâmetro, realiza a construção de esferas de argila de difrentes tamanhos com a colaboração do público.
Das Dasein ist rund, (1) ou “o ser é redondo” é uma frase do filósofo francês Bachelard, que trata a redonza como uma forma que se assemelha ao movimento natural da vida, para ele, numa perpectiva fenomenológica, tudo é redondo porque a vida é redonda... “O ser é redondo’ se tornará para nós um instrumento que nos permitirá reconhecer a primitividade de certas imagens do ser. Mais uma vez, as imagens da plena redondeza nos auxiliam a reunirmo-nos em nós mesmos, a darmo-nos uma primeira constituição, a afirmar intimamente, desde dentro, nosso ser. Pois, vivido do interior, sem exterioridade, o ser não seria senão redondo” A esfera é a mais estável das formas geometricas encontradas na natureza, por suas partículas necessitarem de menos energia para chegar a esse formato. Talvez por isso, a ação de construir esferas com as mãos pode nos remeter a gestos primitivos e infantis. Construir esferas é criar pequenos mundos a partir de um jogo de movimentos, energias, olhares, silêncios e preenchimento de si. Segundo Peter Slojerdijk no livro trilogia das esferas, “as esferas acompanham e possibilitam a existência humana...dos primórdios da hominização à contemporaneidade, tem origem e reflete a condição esférica”. Não é por acaso que em tempos sombrios a redondeza da terra é contestada. 1. Gaston Bachelard. A poética do espaço.
